Sapos no quintal? Eles combatem mosquitos, escorpiões e indicam ambiente saudável. Conheça seus benefícios e mitos!
Fonte: Butantan
Por: Guilherme Castro
Sapos, rãs e pererecas (anuros) são essenciais para a biodiversidade e desempenham papéis cruciais nos ecossistemas urbanos. No Brasil, país com maior diversidade de anuros do mundo (1.144 espécies), esses animais ajudam no controle de pragas, servem como bioindicadores ambientais e são fonte de pesquisas científicas inovadoras. Apesar disso, cerca de 30% das 5.600 espécies globais estão ameaçadas de extinção, devido a fatores como destruição de habitats, poluição e mudanças climáticas.
Benefícios dos anuros no ambiente urbano:
Controle natural de pragas:Anuros são predadores eficientes de insetos e aracnídeos, incluindo mosquitos (como o Aedes aegypti), formigas, cupins e até escorpiões. O sapo-cururu (Rhinella), por exemplo, é resistente ao veneno do escorpião-amarelo, ajudando a reduzir acidentes. Sua presença em quintais diminui a necessidade de inseticidas químicos.
Bioindicadores ambientais:Por terem pele permeável e sensível, anuros refletem a qualidade do ambiente. Sua presença ou ausência indica níveis de poluição, contaminação da água e equilíbrio ecológico, auxiliando na avaliação da saúde de ecossistemas urbanos.
Potencial científico e medicinal:As secreções cutâneas de anuros contêm substâncias antimicrobianas e compostos com aplicações médicas. Pesquisas do Instituto Butantan identificaram peptídeos antibióticos e moléculas com efeito vasodilatador na perereca Phyllomedusa nordestina. Estudos também investigam o uso dessas substâncias no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Desmistificando crenças:
Não transmitem doenças: O mito de que sapos causam “cobreiro” (herpes-zóster) é infundado, pois a doença é causada por um vírus humano.
Não são venenosos ao toque: Apesar de algumas espécies terem glândulas de veneno (como o sapo-cururu), o líquido só é liberado sob pressão e não representa risco se não houver contato com mucosas.
Riscos para pets:Animais domésticos podem ser intoxicados ao morder anuros venenosos. A prevenção inclui evitar que pets interajam com esses animais.
Como coexistir com anuros:
Não maltrate ou mate: A legislação brasileira proíbe o abuso de animais silvestres (Lei de Crimes Ambientais, artigo 29).
Reduza atrativos: Mantenha quintais limpos, com grama aparada e iluminação noturna moderada para diminuir a presença de insetos.
Use barreiras físicas: Telas e cercas podem direcionar os anuros para áreas externas sem prejudicá-los.
Remova com cuidado: Caso precise retirar um anuro de casa, use luvas e solte-o em local seguro, preservando seu papel ecológico.
Medidas para afastar anuros sem os machucar:
Mantenha o quintal limpo, com grama aparada e sem buracos.
Diminua a iluminação externa à noite para reduzir a presença de insetos.
Use cercas ou telas firmes com tramas pequenas.
Se encontrar um anuro, remova-o cuidadosamente com luvas.
Os anuros trazem muitos benefícios e são fundamentais para o ecossistema. Preservá-los é importante tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana.
Conclusão: Preservar sapos, rãs e pererecas é vital para o equilíbrio ambiental e a saúde humana. Sua capacidade de controlar pragas, indicar qualidade ambiental e contribuir para avanços científicos reforça a necessidade de conservação. A coexistência harmoniosa depende de educação e práticas sustentáveis, garantindo que esses animais continuem a cumprir seu papel na natureza.
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